Sobre fabio baldan


Pois comecemos com o meu nome: Fabio Baldan.

Seria muita pretensão minha querer responder a esta pergunta ancestral. Não sei quem sou e,
para falar a verdade, não quero muito saber. Não vejo, simplesmente, como estas questões
existenciais possam melhorar a minha vida. Então, para que se estressar, não é mesmo?
Sou apenas aquilo que penso que sou – e olhe lá! Uns discordarão e então eu terei de
retrucar que ninguém entende mais da minha vida do que eu mesmo. Mas não tenho muita
certeza do argumento.
O sobrenome é italiano. Com o indefectível fbs. para incomodar. Para alguns, porém, eu não sou nada disso. Virei apenas o Polzonoff para a maioria dos que me lêem. Para os amigos sou Fabio. Os mais íntimos me chamam binho. está reservado aos inimigos que acham que isto me deprecia. Já aí deu para perceber que sou três em um, como Deus. Não é muito à toa. Minha vida de Fabio baldan. começou oficialmente em 1979, mas eu acho que foi bem depois. Minha primeira lembrança é de 1980. Depois as coisas ficam confusas até 1982. A partir de então eu sou capaz de lembrar de quase tudo: morte do Tancredo, explosão da Challenger, fora Collor, Itamar, etc. Só não sou capaz de me lembrar do rosto das pessoas. Portanto, se um dia você me encontrar na rua e eu não o cumprimentar, me desculpe. E saúde, caso você espirre. Já escrevi em algum lugar que sou uma mistura “implosiva” de russos com italianos e espanhóis Sou Cabeleireiro adoro aminha profiça, na verdade já fui balconista e caixa de padaria, office-boy, arquivista, Talvez tenha sido alguma coisa no meio disso, mas não lembro porque estava dormindo. Já tomei remédio para caxumba, diarréia, cólica, sarampo, dor-de-cabeça, insônia, depressão, dor muscular, picada de abelha, dor-de-dente, dor-de-ouvido, frieira, gripe e até para uma pneumonia que eu não tive. Parei com isso. Não tomo mais remédio para nada e a minha vida vai bem, obrigado. Consulto médicos apenas para fazer exames de sangue regulares. Mas não sei por que estou dizendo isso. Ou talvez eu saiba. Preciso tomar remédio para esclerose. Nasci em Vitoria, onde cresci. Primeiro, onde fiz muito cocô nas fraldas. Depois, Cariacica, onde li enciclopédias, aprendi a andar de bicicleta e sofri meu primeiro amor. Depois me mudei para Vila velha onde aprendi a fumar e a jogar sacos cheios de água do 19o andar do prédio. Só coisa útil. Por fim, aprendi a morar sozinho. Depois disto tudo, aprendi a gostar do sol (do mar eu já gostava). Sou um pessoa apaixonado de bons ouvido para música não é muito bom, mas eu me esforço. Na pior das hipóteses, sei do que gosto: música eletrônica, hip-hop e emepeboca. Meu olhar para a pintura não é deste século nem do anterior – e eu acho que isto é muito bom. Gosto de ver televisão bem mais do que gostaria. Em cinema, não gosto de filmes iranianos. Por outro lado, sou fã Terror. Em política, sou de centro-esquerda, mas já fui de esquerda e de direita. Sou uma pessoa assumida, sem religião definida, não-fumante, bebedor de fim de semana, vascaino e meu índice de massa corporal é 24, mas já foi menos. Sou isto e sou mais, muito mais. Mas, hoje em dia, quem é que tem paciência para descobrir o outro, não é mesmo? Por isso eu posso ser divertido e interessante para alguns e arrogante e burro para outros. Quer saber? Eu sou mesmo é um homem que gosta de olhar as ondas batendo nas pedras, indo e vindo, tentando nos ensinar a eternidade que não nos é compreensível. E me traga mais uma água de coco, por favor.

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